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Economia e Finanças

08 de Abril de 2016 as 13:04:48



INFLAÇÃO fecha abaixo de 2 dígitos com queda na conta de energia


IPCA fechou os 12 meses encerrados em março em 9,39%,
depois de ter encerrado fevereiro em 10,36%
 
Depois de quatro meses com taxa de dois dígitos, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, voltou a fechar o acumulado do ano em um dígito.
 
De acordo com dados divulgados na 6ª feira, 08.04,  pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA fechou os doze meses encerrados em março em 9,39%, depois de ter encerrado fevereiro em 10,36% (na taxa anualizada).
 
O índice não ficava abaixo de dois dígitos desde novembro do ano passado, quando estava em 10,48%. Em dezembro, a taxa era 10,67%; em janeiro deste ano, 10,71%; e em fevereiro, 10,36%.
 
“É importante deixar claro que ficou para trás nos cálculos dos doze meses o reajuste decorrente da bandeira tarifária, no caso da energia elétrica, e em consequência também a pressão forte de reajustes anuais extras por conta da energia. Este resultado deixa pra trás, portanto, uma parcela importante que pressionou a inflação em 2015, que foi a energia elétrica”,
 
disse a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Porém, a coordenadora ressaltou que embora o IPCA tenha voltado a ficar abaixo dos dois dígitos, o consumidor ainda vai sentir o peso de reajustes da energia.
 
"Apesar das contas [de energia] terem ficado em março mais barato, em média, de janeiro de 2015 até agora em março, se observa uma alta de 45,01%. Ou seja, as pessoas continuam pagando alto pela energia apesar da trégua deste último mês”.
 
Eulina Nunes disse também que os preços monitorados - de táxi, ônibu e metrô - já impactaram a inflação, mas podem aparecer outros reajustes no decorrer do ano.
 
“Os preços monitorados praticamente já foram absorvidos e não vão voltar a pressionar a inflação, com algumas poucas exceções. Do ponto de vista dos monitorados e da educação, os preços estão mais ou menos definidos, agora podem ocorrer fatos novos durante o ano com outros preços livres e que podem provocar algum reajuste no meio do caminho. Entressafra, preços livres, dólar, o clima”,
 
disse.
 
"Não se pode ignorar a questão da oferta e da demanda [desemprego, queda da renda]. É o caso, por exemplo, das passagens aéreas: os preços estão sendo alvos de descontos, queda de preços, ofertas e promoções por conta do recuo no preenchimento da capacidade das aeronaves”,
 
acrescentou.
 
Março
 
A inflação fechou março em 0,43%, a menor taxa para o mês desde 2012 (0,21%). De acordo com o IBGE, a queda no preço da energia também foi responsável pelo taxa menor em março. De fevereiro para março, a energia elétrica teve queda de 3,41%.
 
A retração no preço da energia está relacionada à redução na cobrança extra da bandeira tarifária que, a partir de primeiro de março, passou dos R$ 3, da bandeira vermelha, para R$ 1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kilowatts-hora (KW-h) consumidos.
 
“As contas ficaram mais baratas em todas as regiões pesquisadas em razão, também, da redução no valor das alíquotas do PIS/COFINS ocorrida na maioria delas”,
 
conforme o IBGE.
 
Também influenciaram a queda do IPCA o gás de cozinha, com deflação de 0,42%; taxa de água e esgoto (-0,43%); telefone celular (-2,71%); telefone fixo (-2,89%); e passagem aérea (-10,85%).
 
Os itens de educação apresentaram desaceleração no período, passando de 5,9% para 0,63%.
 
A queda no IPCA não foi maior por causa das despesas com alimentação e bebidas, que mais pesam no orçamento das famílias, subiram 1,24% em março na comparação com mês anterior. As frutas, por exemplo, registraram alta de 8,91% nos preços. Também ficaram mais caras a cenoura (14,52%), o açaí (13,64%), o alho (5,7%), o leite (4,57%) e o feijão-carioca (4,1%).
 
Os preços do cigarro pressionaram a inflação, com aumento de 1,48%.
 
 
Regiões
 
Sete das 13 áreas pesquisadas pelo IBGE fecharam o mês de março com inflação superior ou igual a taxa nacional do mês (0,43%). A maior alta foi na região metropolitana de Fortaleza, que fechou em 0,72%. Em seguida, vem Porto Alegre (0,67%), São Paulo e Curitiba (ambas com 0,57%), Goiânia (0,56%), Belém (0,53%) e Belo Horizonte (0,49%).
 
As menores taxas foram registradas no Recife e em Salvador, com deflação de 0,14%. Recife teve a menor taxa do país, taxa negativa de 0,04%.
 
Fecharam ainda abaixo da taxa nacional: Rio de Janeiro (0,29%), Vitória (0,16%) e Brasília (0,12%).
 
O IPCA é calculado pelo IBGE com as famílias com renda entre um e 40 salários mínimos e abrange as dez principais regiões metropolitanas do país, além das capitais de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
 
INPC
 
A inflação para as famílias de menor renda, que ganham entre um e cinco salários mínimos, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 0,44% em março, menor que a taxa de 0,95% em fevereiro. O resultado é o menor para o mês desde março de 2012 (0,18%).
 
O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, tem a mesma metodologia do IPCA, abrangendo as dez principais regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.


Fonte: AGENCIA BRASIL





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